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segunda-feira, dezembro 12

O que realmente importa

A vida é muito simples, nós é que somos umas bestas e complicamos tudo. Não sabemos distinguir aquilo que é realmente importante, daquilo que não é. E aquilo que foi realmente importante, para um gajo doido que passou um fim de tarde encavalitado nas falésias da Arriba Fóssil da Caparica com uma máquina fotográfica, foi registar cada segundo dos últimos momentos de sol no continente europeu, no dia 8 de Dezembro de 2005.

Pareceu-lhe um momento solene. Fulcral. É claro que existem muitos outros momentos solenes, fulcrais, para muita gente. Mas se o Zé não recebesse uma promoção no emprego e se a Maria não se casasse com o Luís e se o Nicolau não tivesse sido o primeiro ser humano a pisar o planeta Marte, o mundo continuaria a girar. A vida dos que nele vivem seria porventura diferente, mas continuaria a girar. Ora, se o Sol recusasse pôr-se e ficasse indefinidamente pendendo a meio do nosso céu, aí estariamos todos metidos num belo sarilho.





terça-feira, dezembro 6

Quando as almas se descascam e dois olhares se desabotoam (cenas de próximos capítulos)

Nasci numa conjugação planetária complicada. Júpiter estava de pau feito na casa de Vénus enquanto Marte e Neptuno jogavam à sueca em Urano e Gémeos fumavam uma com Capricórnio. Talvez por isso dê um valor quase místico às mais pequenas e banais coisas do quotidiano. Ou talvez seja pura e simplesmente louca... Mas não sou a única.

A conversa daquela noite era dominada por Miguel que, de olhar escarlate e palpitante, explicava as teorias que lhe ocorriam por essa Europa fora, em momentos de alucinação.
— Vejam se me compreendem!, dizia ele, Uma dimensão é tudo aquilo que só é mensurável dentro de si próprio. É impossível medir o peso de uma hora ou de um minuto, por exemplo, porque o tempo só é mensurável através dele mesmo. Posso olhar para uma cadeira e medi-la, pesá-la. No entanto, se fecho os olhos, essa mesma cadeira mantém-se na minha mente, mas passa para outra dimensão que não é a do espaço. Eu não posso medir ou pesar o meu pensamento sobre uma cadeira. Isto significa que tudo aquilo em que pensamos se encontra numa dimensão diferente da do espaço e do tempo.
Faria, também muito embriagado, respondia qualquer coisa sem nenhuma ligação ao que Miguel estava a dizer, mas fazia-o com todo o ar de quem refutava as suas palavras: — Sim, mas tu só pensas naquilo que existe. Se pensares num elefante com duas cabeças, o processo intelectual que levas a cabo é reproduzir na tua mente um elefante normal e adicionar-lhe uma cabeça a mais. O todo, em si, não existe fisicamente, mas as partes que juntas para o formar, existem.
E então Miguel respondia, contradizendo-se a si próprio, mas sem que isso o atrapalhasse minimamente: — Só penso nas coisas que existem para mim, através de representações dos objectos.
Era como que um jogo estranho, em que a única regra era manter a conversa a correr. O que realmente se dizia era irrelevante. O mais provável, de qualquer modo, era no dia seguinte já ninguém se lembrar daqueles diálogos surreais.
Excitados e eufóricos, com os alcalóides dos excessos daquela noite a chicotearem-nos para a frente como a cavalos de corrida, tanto fazia que falarmos através de palavras e frases com sentido, como usando uma língua inventada.

Se me dirigisse a Miguel gritando “Mara ta urxani manota pubai!”, estou certa que ele responderia algo do género de “Gnasuna ot vanera sompa timurna pubai!!”, e entender-nos-íamos na perfeição, não na mensagem que as nossas palavras transmitiam, que era nenhuma, mas na ânsia de falar e de existirmos uns com os outros.
Miguel continuava a expor as suas teses mirabolantes. Agora havia-se levantado e discursava de modo inflamado, enquanto gesticulava com os braços: —Temos alguma garantia de que o pensamento é realmente aquilo que sempre nos disseram? Alguma vez alguém assistiu, com os seus próprios olhos, à actividade de um cérebro gerando um pensamento? E se tudo for mentira, e os pensamentos não forem meras abstracções? E se os pensamentos existirem fisicamente, como que a flutuar por si e desgarrados de qualquer indivíduo? Se assim for, quando temos a mente sintonizada em determinada frequência espiritual, captamos determinados pensamentos, como o aparelho que apanha estações de rádio. Isto explicaria fenómenos como a telepatia. A telepatia mais não seria do que o entendimento profundo que se forma entre duas pessoas que têm momentaneamente os seus espíritos sintonizados numa mesma frequência de pensamento, ao mesmo tempo. Já pensaram bem nisto? Se assim for, isto é o fim da individualidade do ser humano: a partir do momento em que nós não temos pensamentos que sejam nossos, fabricados por nós, mas apenas os captamos como qualquer outro pode captar, todos somos meros receptores, meras antenas de captação, à partida vazias de sentido.
Continuei a ouvir Miguel falar, até que a certa altura deixei de distinguir palavras nos sons que a sua boca emitia. Os seus sons fundiam-se nas vozes dos outros, no barulho dos grilos, da música que tocava na aparelhagem sonora de Faria. Foi então que reparei que Francisco olhava para mim, com um sorriso compreensivo.
—Estás a ouvir alguma coisa do que ele está a dizer?, perguntei-lhe (parecia que apenas estávamos ali nós os dois e todos os outros encontravam-se separados de nós por uma espécie de pano de veludo transparente, ou a anos-luz de distância).
—Eu não. E tu?, perguntou rindo.
—Também não!
Ficámos a rir um para o outro, apatetados e felizes com aquele instante dourado de cumplicidade. Segundo a louca teoria de Miguel, os nossos espíritos estariam simultaneamente sintonizados na mesma frequência de pensamento, o que era agradável. Tiveramos um instante de verdade. Um instante de verdade ocorre sempre que uma alma se descasca perante outra. Sempre que dois olhares opacos se desabotoam.

O pensamento é algo tão solitário, tão inadmissivelmente solitário! Só a telepatia nos pode salvar da inexorável solidão do nosso ser.

Assinado: A OUTRA DIANA

sábado, dezembro 3

Letra para música pimba

(dedicado àqueles que pensam que estes bloguistas são doidos varridos... o povo adora ver doidos... é um pouco como o abrandar para ver o desastre à beira da auto-estrada... Façamos-lhe a vontade... É o que mantém viva a arte!)

Eu tenho duas amigas,
Uma é Maria, outra Joana,
Com suas lindas cantigas
Mando o mundo p'rás urtigas
E levo-as as duas para a cama.

A Maria é mais calminha,
Dá-lhe mais para divagar,
A Joana é erva daninha
Quando lhe dá p'rá brincadeirinha
Fala e ri sem parar.

Não são loiras nem morenas,
São as duas verdinhas
São bonitas e singelas,
Mas não te descuides, amigo
Porque ninguém bate como elas!

Vamos lá, pessoal!!

Ninguém bate como elas!
Ninguém bate como elas!
A Maria dá o mote
E a Joana vai a trote
Ninguém bate como elas.

À noitinha enroladas
Num bonito lençol branco
Como duas ninfas endiabradas
Quem me dera tê-las plantadas
Aos milhões pelo meu campo.

Quando a Maria se cansa
Protesta "Tenho fome!"
E enquanto encho a pança,
A Joana me diz "Anda
Que a noite é de quem sonha mas não dorme."

Vamos lá, minha gente!!

Ninguém bate como elas!
Ninguém bate como elas!
A Maria dá o mote
E a Joana vai a trote
Ninguém bate como elas.

Mais uma vez!!!!

Ninguém bate como elas!
Ninguém bate como elas!....

Alhandraaaaa, quero ouvir essas palmaaaaaas!!!

Entra coro grego, de túnicas e máscaras, entoando "Funafunanga Funafunanga Funafunanga Funafunangafunafunangafunafunangafunafunanga..."

Enquanto o coro canta, o público canta, ao rubro, termino declamando:

"Fumei por todo o mundo
Fumei por todos vós
Neste lugar sem voz
Fumei por todo o mundo
Fumei por todos vós
Paz mundial. Vida eterna.
Orgia na conferência do G8.
Sémen entornado sobre foie gras
Transmitido em directo e com direito a closeups
O juizo final é sexual
Preto de dois metros arrebentando (assim mesmo, "arrebentando" com A no início)
Infantas castelhanas, sem largarem os leques (as infantas, não o preto)
E nós morrendo de febre e sífilis,
Mas cagando-nos a rir!"